O que é integração de aplicativos e quais os tipos que existem?

integração de aplicativos

A integração de aplicativos é o processo de conectar diferentes softwares e serviços para que possam compartilhar dados e funcionalidades de forma fluida, segura e padronizada. 

Para empresas de tecnologia, especialmente aquelas que precisam lidar com sistemas variados, essa prática é estratégica: reduz a sobrecarga técnica, melhora a eficiência operacional e garante que as equipes possam se concentrar no core-business. 

Plataformas especializadas, como uma plataforma de integração, oferecem recursos para padronizar e automatizar esse processo, facilitando a gestão e a escalabilidade.

Principais tipos de integração de aplicativos

A escolha do tipo de integração depende das necessidades de negócio, da arquitetura existente e do nível de interação necessário entre os sistemas. Quatro modelos principais se destacam.

1. Integração em nível de apresentação

Nesse modelo, diferentes aplicativos são unificados por meio de uma interface única, permitindo que o usuário interaja com vários sistemas sem alternar entre telas. É muito usado em soluções que centralizam informações em portais internos ou dashboards, reduzindo o retrabalho e melhorando a experiência do usuário. 

Essa abordagem pode estar presente em cenários como sistemas de integração ERP, onde a camada de apresentação combina dados de diversas áreas da empresa.

2. Integração de processos de negócio

Foca na conexão de fluxos de trabalho entre dois ou mais sistemas. Um exemplo prático é quando o software de vendas registra um pedido e, automaticamente, um sistema de faturamento gera a nota fiscal. Essa automação é comum em projetos de integração de sistemas voltados para eliminar etapas manuais e acelerar a operação.

3. Integração de dados

Aqui, o objetivo é permitir que diferentes sistemas acessem e troquem dados de forma consistente e padronizada. Isso pode envolver desde processos de transformação de dados até a utilização de conectores que garantam a compatibilidade entre formatos distintos. É essencial para empresas que precisam manter informações sincronizadas entre múltiplas plataformas.

4. Integração em nível de comunicação

Combina elementos da integração de processos e de dados, padronizando a troca de informações por meio de APIs e protocolos bem definidos. Um exemplo é a implementação de uma API de integração que interliga diferentes serviços, garantindo que todos sigam regras de comunicação uniformes.

Abordagens: centrada em aplicativos, dados ou eventos

A integração também pode ser classificada pela forma como os sistemas interagem:

  • centrada em aplicativos: conecta diretamente aplicações e serviços, independentemente da arquitetura, é útil quando se quer manter a lógica de negócios distribuída entre sistemas diferentes;
  • centrada em dados: prioriza a consolidação e consistência das informações, é comum em cenários que exigem um integrador de dados para uniformizar bases distintas;
  • centrada em eventos: utiliza eventos como gatilhos para comunicação, trabalhando de forma reativa, é indicada para operações que demandam respostas rápidas a alterações em sistemas.

Saber quando optar por cada abordagem depende da estratégia de integração definida. Um bom planejamento de TI ajuda a mapear esses cenários e reduzir riscos.

Padrões e princípios para implementar integrações

Para que as integrações sejam escaláveis, seguras e mantenham a qualidade no longo prazo, alguns padrões e princípios devem ser seguidos:

  • API-first: adotar APIs bem definidas desde o início, garantindo que os serviços exponham dados e funcionalidades de forma estruturada, mais sobre esse tema pode ser visto no artigo sobre integração via API;
  • separação de lógica: manter a lógica de integração (fluxos e orquestrações) separada da lógica de negócios, permitindo ajustes sem impactar funcionalidades essenciais;
  • democratização da integração: fornecer ferramentas que permitam que diferentes perfis técnicos criem e mantenham integrações sem depender de um único time centralizado, acelerando entregas.

Empresas que adotam uma estratégia de integração de sistemas estruturada conseguem alinhar essas práticas às suas necessidades de governança e segurança.

Tecnologias-chave para integração de aplicativos

A execução eficiente das integrações depende de um conjunto de tecnologias complementares:

  • API Gateway: atua como ponto central para gerenciar, autenticar e monitorar o tráfego de APIs;
  • runtime de integração: componente que conecta diferentes aplicativos e formatos de dados, orquestrando fluxos e garantindo a entrega correta das informações;
  • ferramentas de governança e observabilidade: essenciais para monitorar a saúde das integrações, identificar falhas rapidamente e manter a conformidade com políticas internas, um exemplo de aplicação está em integrações seguras de sistemas;
  • brokers de mensagens e eventos: intermediam a comunicação assíncrona entre sistemas, entregando mensagens para os destinatários corretos;
  • plataformas iPaaS: permitem criar e gerenciar integrações na nuvem ou em ambientes híbridos, como abordado em integração tradicional ou integração iPaaS.

A escolha das ferramentas certas impacta diretamente a escalabilidade e a segurança da operação. Casos reais, como a parceria entre SysMiddle e Grupo Opty, mostram como essa combinação pode transformar processos.

Benefícios de uma integração bem estruturada

Uma arquitetura de integração planejada reduz retrabalho, melhora a qualidade das informações e acelera entregas. Ela também aumenta a resiliência operacional, já que falhas em um sistema podem ser contornadas por mecanismos de fallback ou reprocessamento. Além disso, a padronização com conectores e APIs facilita a adoção de novas soluções, como no varejo inteligente com iPaaS.

Outro ponto importante é a segurança. Ao centralizar a gestão e adotar práticas de segurança da informação, a empresa reduz a superfície de ataque e garante a conformidade com regulamentos.

Como escolher a abordagem ideal

Definir a abordagem correta exige avaliar:

  • quantidade e tipos de sistemas a serem integrados;
  • nível de acoplamento desejado;
  • volume e criticidade dos dados;
  • requisitos de segurança e conformidade;
  • prazo e recursos disponíveis.

Empresas que priorizam flexibilidade e escalabilidade tendem a adotar soluções iPaaS, que oferecem conectores prontos, monitoramento centralizado e suporte a múltiplos padrões. Ao comparar opções, é importante entender como escolher a melhor plataforma de integração, considerando custos, segurança e capacidade de adaptação.

Portanto, a integração de aplicativos é um pilar estratégico para empresas de tecnologia que desejam escalar operações, reduzir sobrecarga técnica e garantir a interoperabilidade entre sistemas. Conhecer os tipos de integração — nível de apresentação, processos de negócio, dados e comunicação — e entender quando aplicar abordagens centradas em aplicativos, dados ou eventos permite desenhar soluções mais eficientes. 

Ao seguir padrões como API-first, separação de lógica e democratização da integração, e ao utilizar tecnologias-chave como API gateway, runtime e ferramentas de governança, é possível alcançar alto desempenho com segurança e padronização. 

Plataformas iPaaS, como a da SysMiddle, simplificam a implementação, oferecendo suporte, automação e escalabilidade para que a equipe técnica possa se concentrar na inovação. Para entender como aplicar esses conceitos no seu cenário, entre em contato com a SysMiddle.

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