A possível venda do Tasy da Philips, um dos sistemas de gestão hospitalar mais utilizados na América Latina, acendeu o sinal de alerta entre gestores de hospitais, empresas de tecnologia e desenvolvedores de soluções em saúde digital.
Com presença em cerca de 500 instituições médicas, o sistema se consolidou como uma das ferramentas mais relevantes para o controle de prontuários eletrônicos e a integração de dados clínicos, sendo considerado o coração digital da operação hospitalar.
A relevância do Tasy na América Latina
Desenvolvido originalmente no Brasil e posteriormente adquirido pela Philips em 2007, o Tasy se tornou uma referência no setor de saúde. É utilizado amplamente não apenas em território nacional, mas também em países como Colômbia, Argentina e México, com adaptações específicas para cada mercado.
Sua estrutura permite centralizar as informações do paciente, otimizando processos clínicos e administrativos em tempo real, o que impacta diretamente na qualidade do atendimento e na gestão das unidades hospitalares.
Estratégia global da Philips e motivação para a venda
A decisão da Philips de se desfazer do Tasy está ligada à sua reestruturação estratégica. A multinacional, que no passado era conhecida por seus produtos eletroeletrônicos, redirecionou seu foco global para equipamentos médicos e soluções integradas com hardware especializado, como sistemas de imagem, radiologia e PACS (Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens).
Dentro dessa nova abordagem, o Tasy — apesar de ser o único sistema de prontuário eletrônico da Philips no mundo — acabou se tornando um ativo fora do núcleo estratégico. Por isso, conforme apontou o Estadão, a venda é vista como parte de uma movimentação que visa alinhar o portfólio da empresa ao seu foco atual.
Esse tipo de ajuste é comum em grandes corporações, sobretudo quando se trata de negócios localizados em regiões específicas, como é o caso do Tasy, concentrado na América Latina.
Possíveis compradores e o que está em jogo
O mercado já especula sobre quem poderá assumir o Tasy. Um dos nomes mais citados é o da MV, considerada concorrente direta no segmento de prontuários eletrônicos e que lidera em algumas regiões do país.
A aquisição poderia consolidar sua posição de liderança no setor. No entanto, outras empresas de tecnologia com soluções voltadas para o setor de saúde também demonstram interesse, especialmente por conta do grande volume de dados acumulados pela plataforma.
O histórico do Tasy, aliado à sua base consolidada de clientes, representa uma oportunidade estratégica para empresas que buscam ampliar atuação no setor de saúde digital.
Outro fator que contribui para o interesse na aquisição é o cenário de transformação digital nos hospitais. Muitos gestores têm priorizado iniciativas que envolvam automação de processos na saúde e a integração segura de sistemas clínicos, o que torna o Tasy uma peça valiosa nesse quebra-cabeça.
Impacto para os clientes e o que esperar da transição
Naturalmente, os cerca de 500 hospitais que utilizam o Tasy acompanham com cautela os desdobramentos dessa possível venda. O histórico de dependência do sistema para a operação diária torna a troca por outro software uma tarefa delicada, cheia de riscos operacionais. Além do mais, mudanças bruscas podem afetar desde o fluxo de registros médicos até a experiência do usuário, passando por questões regulatórias e de conformidade.
Apesar disso, analistas do setor enxergam a transição com certa tranquilidade. A expectativa é de que o novo comprador mantenha a estrutura central do sistema, evitando alterações radicais no curto prazo. A possibilidade de melhoria no suporte, atendimento e evolução tecnológica do sistema pode, inclusive, representar uma vantagem competitiva para os hospitais.
Para lideranças técnicas, o ideal é antecipar-se e revisar sua estratégia de integração de sistemas, considerando cenários de continuidade, migração ou expansão. Soluções como integração de sistemas de saúde e transformação de dados podem ser cruciais nesse processo, garantindo segurança e escalabilidade.
O que a venda do Tasy da Philips pode representar para o setor
O futuro do Tasy da Philips ainda é incerto, mas sua venda parece iminente. A mudança de controle deve redefinir o posicionamento do sistema no mercado e pode impulsionar inovações importantes no uso de tecnologias em hospitais, clínicas e operadoras de saúde. Para o setor de tecnologia, o momento exige atenção, análise estratégica e, principalmente, preparação para cenários de integração, escalabilidade e continuidade.
Independentemente de quem assumir o sistema, a base instalada representa uma oportunidade de crescimento para quem souber aproveitar a demanda por interoperabilidade, automação e eficiência.
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